sábado, 10 de abril de 2010

De lata.


Não vou mais escrever.
Está caindo muito de mim nesses papéis.
Eu quase denuncio minhas próprias emoções.
Faço-me vítima das minhas próprias palavras.
Tenho que parar.

Eu estou desfalecendo aos poucos,
a cada respingo meu nessas folhas, parece que perco um tanto de dignidade.
Eu me revelo demais para o mundo.
O mundo não pode me conhecer assim tão exposta.
Eu não quero isso.

Eles não devem saber,
eu não vou contar:
eu choro,grito, sinto medo, faço manha e até peço colo.
Eu devia ser menos emotiva,
distraída, passional e ingênua.

Um dia, eu talvez consiga
ser mais de lata e menos de carne, como a maioria das pessoas já se adaptou a ser.
Um dia, eu talvez consiga 
ser mais adulta e menos criança, como a maioria das pessoas já se adaptou a ser.
Um dia, eu talvez pare de ser tão romantica, sonhar tanto e acreditar tão piamente em tudo o que contam.

Mas enquanto não tomo jeito...
Deixa eu me disfarçar para esse mundo
que não sabe tratar bem gente boba como eu.
Enquanto eu não tomo jeito, eu vou me vestir de lata.
Porque eu já entendi tudo.
(sou criança esperta.)
O mundo quer mesmo são máquinas.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pseudo-Príncipe


Jovem e de aparência angelical .
quem, quem poderia imaginar ?
o príncipe encantado não foi aprovado.
Ele tinha uns desvios de conduta
e não chegava perto da perfeição.

A princesa poderia, simplesmente, descartá-lo,
mas ela prefere mudar aquele roteiro batido de contos de fadas,
e ela acredita que talvez possa transformar esse príncipe em príncipe.

E, ela já está tão envolvida.
Ela, realmente, gosta desse rapaz.
Não sei se por casto amor ou pela aventura do desafio.
Não sei, nem ao certo, se gosta ou suporta.
Mas sei que é digno de ser escrito.

Porque o príncipe encantado dessa vez foi reduzido a um desprezível fruto proibido,
algo inconsumível.
A princesa acredita que possa ser reciclável,
mas isso, só o tempo vai dizer.

quem, quem poderia imaginar ?
o príncipe encantado não foi aprovado.
Ele tinha uns desvios de conduta
e não chegava perto da perfeição.

A princesa poderia, simplesmente, descartá-lo,
mas ela prefere mudar o roteiro batido de contos de fadas,
e ela acredita que talvez possa transformar esse príncipe em príncipe.
Não sei se por casto amor ou pela aventura do desafio.