sábado, 29 de agosto de 2009
Tudo nosso
Seria ignóbil apenas rejeitar o fato
de que quando estou junto a ti
sinto-me mais leve, despreocupada.
Quanto seguro tua mão...
aaah ,
eu me sinto confortável e acanhada ao mesmo tempo,
quando chamo te e então, tu me olhas, em silêncio, mas como se dissesse “fale”
eu me sinto importante, simplesmente viajo nos teus olhos;
Uma relação boba, de amizade sincera fantasiada de certa afeição que escondemos até de nós mesmos, talvez um querer além
Mas é tão segredo que não nós permitimos falar explicitamente, apenas subliminarmente, questão solta no vento, sentimos apenas e não é preciso que se fale. Sentimos.
Então nós não sabemos em nosso cenário imaginário (ou fingimos mesmo não saber – talvez apenas por enquanto, ou por toda a eternidade do sempre)
É um segredo, um mistério, nosso caso, coisa nossa...
e somente nós entendemos (quer dizer, e nem nós entendemos)
É um segredo, um mistério, nosso caso, coisa nossa...
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Os mutantes
Nós, seres humanos, temos desenvolvido há tempos um novo poder
Não falo de mutação genética
Mas de mutação mental
Onde estão os imaterialistas?
Onde estão os ambientalistas?
-
Depois de anos de trabalho
Agora vemos o resultado
-
Todos somos mutantes
Somos tão poderosos
Causamos o efeito estufa
Derrubamos grandes torres
Provocamos maremotos e terremotos
Matamos e roubamos qualificadamente
-
Temos o poder, mas não mais o controle
Somos o tão evoluído ser humano irracional
Não vemos conseqüências, queremos cada vez mais poder
-
Desenvolvemos poderes incontroláveis
Nossa mutação culmina
Não há mais imaterialistas?
Não há mais ambientalistas?
-
Depois de anos de trabalho
Agora vemos o resultado...
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Na Esquina

Sou a garota do sorriso partido
Que só queria ser amada
E esperava-te na esquina
Num dia chuvoso
Tentando criar palavras perfeitas a serem ditas,
Qualquer coisa que provocasse teu riso
Imaginando a trilha sonora tocando enquanto tu te aproximasses
Sonhando com teu cheiro
Ansiosa para ter-te, novamente, diante dos olhos
E poder apreciar a imagem, que há tempos é só holograma em minhas lembranças e fantasias
Preocupada com que tu irias pensar e dizer
Prevendo teus gestos e caretas
Ensaiando momentos e situações...
Que nunca aconteceram ou acontecerão...
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domingo, 16 de agosto de 2009
Século XXI

Quanto mais vivo em sociedade, mais me frustro pela decadência desse grupo;
Tantas pessoas sem escrúpulos
Sem existência real
Pessoas que vivem medíocres, apenas para degradar a vida de outras...
Pessoas dissimuladas
Falsas
Sem palavra;
Amigos agora tão distantes
E eu cercada desses produtos do capitalismo
Nada resta
Apenas uma lealdade falsa
Que me sufoca
E como a gravidade
Me puxa a realidade...
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Teatro

se eu os ouvisse.
Mas já não importava.
Eu não queria estar ali.
Não era pra ser,
e eu sabia disso desde o começo.
Por que, então, enfrentar a mim mesma?
Existem duas eu’s,
(essa é a sensação)
a rebelde e a contida.
Mas não queria ser nenhuma dessas.
Melhor seria não existir,
desexisistir por esses segundos,
ou por essa vida inteira,
sendo a segunda opção mais tentadora.
Encobrem-me os desejos de suicídio e destruição.
Mas a razão abafa.
O medo faz o grito virar sussurro.
E de repente, eu já esqueci a dor;
Passou, acabou.
Agora é a próxima cena.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Ator desencantado
Afaste-se de mim!
Suas atitudes são nocivas a tudo que eu acreditava a seu respeito
Como pude me enganar?
Como suas palavras me envolveram tanto?
Como pude deixar isso acontecer?
Como fui tola!
Ingênua
Como isso pode acontecer comigo?
Oh, mamãe, meu príncipe encantado virou um sapo!
Acho que deveria passar essa noite inteira chorando,
Mas não consigo pensar em outra coisa a não ser “como fui idiota”
Meu bem, meus parabéns
É, eu admito...
Caí na sua
Acreditei em todas as suas mentiras e encenações
Oh, mamãe, meu príncipe encantado virou um sapo!
Acho que deveria passar essa noite inteira pensando em coisas boas a seu respeito e lamentando nosso fim,
Mas não consigo pensar em nada a não ser “como você foi um canalha”
Meu bem, meus parabéns
É, eu admito...
Caí na sua
Acreditei em todas as suas mentiras e encenações
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