sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pseudo-Príncipe II

Jovem e de aparencia angelical,
quem, quem poderia imaginar?
O príncipe pode se tornar algo bem, bem ruim.
(e até tóxico).
O que era anti-depressivo, hoje, deprime.
Tantos, tantos a escolher...
por que logo você, meu amado fruto proibido ?

Estou, completamente, envolvida por essa relação.
Não sei se por desafio ou amor.
Não sei se gosto ou suporto.
Mas é divertido.

eu sei que isso é errado,
que serei condenada.
Mas eu não sei lidar com essa previsão de caos.
Eles dizem que você não é bom,
não é bom para mim.

Eu posso reconstruir isso com qualquer outro, certo?
Parece que eles não conseguem ver meu estado de graça quando estou com você.
Eu tenho a sensação que eles não vão mudar de idéia.
Quanto mais ficamos perto, mais sinto-lhe escapando do meu destino.
Eu nos vejo seguindo caminhos diferentes
e isso me irrita.

Eu gostaria de ignorar isso por mais tempo,
mas enfim decido apenas dizer-te palavras de Adeus,
me condicionar aos termos impostos,
assistir passiva a tua ida
e morrer de amor,
estrangulada por um veneno ditatorial.

sábado, 22 de maio de 2010

De graça.


Não se ama porque é bonito, porque é inteligente, simpático ou engraçado: isso é mentira.
Isso é invenção nossa, criada somente para saciar nosso cérebro tão sedento por porquês.
o amor não tem porquê, aprendi que é de graça.
  
Nada que sua mente possa compreender,
nada que matemáticos possam calcular,
a ciência desvendar ou sábios interpretar.
o amor não tem porquê, aprendi que é de graça.
 
Ama-se de graça, sem motivos .
Só mesmo a gente, que é gente, gosta de criar aparências, causas e efeitos para tudo.
Só mesmo a gente, que é gente, tem mania de botar nome em tudo, calcular tudo.
Só mesmo a gente, que é gente, gosta de criar motivos para tudo.
Fala-se então que é por isso ou aquilo, mas eu digo: isso é mentira.
o amor não tem porquê, aprendi que é de graça.


Só mesmo a gente, que é gente, tenta escrever o que sente, só pra ver se o outro sente como a gente sente.
o amor não tem porquê, aprendi que é de graça.
(E, você, como aprendeu o amor ?)

sábado, 8 de maio de 2010

Uma vida em cinco estrofes.


Enquanto eu morria um anjo vadio
Desses que tocam violão
Disse: Vai se despedindo da vida!
-
Paredes espiam todos os meus atos,
Mas talvez tudo fosse azul:
Não houvesse tanta malícia.
-
Pelo mundo tanta gente
Gente branca, preta, amarela...
Por que eu, anjo,
perguntavam meus olhos
Porém meu coração
Já não se importava
 -
Meu Deus, por que me abandonaste,
Se sabias que eu era falha,
Se sabias que eu era fraca ?!
-
Eu não devia te dizer
Mas viver neste mundo
Dá mesmo vontade de morrer.

sábado, 10 de abril de 2010

De lata.


Não vou mais escrever.
Está caindo muito de mim nesses papéis.
Eu quase denuncio minhas próprias emoções.
Faço-me vítima das minhas próprias palavras.
Tenho que parar.

Eu estou desfalecendo aos poucos,
a cada respingo meu nessas folhas, parece que perco um tanto de dignidade.
Eu me revelo demais para o mundo.
O mundo não pode me conhecer assim tão exposta.
Eu não quero isso.

Eles não devem saber,
eu não vou contar:
eu choro,grito, sinto medo, faço manha e até peço colo.
Eu devia ser menos emotiva,
distraída, passional e ingênua.

Um dia, eu talvez consiga
ser mais de lata e menos de carne, como a maioria das pessoas já se adaptou a ser.
Um dia, eu talvez consiga 
ser mais adulta e menos criança, como a maioria das pessoas já se adaptou a ser.
Um dia, eu talvez pare de ser tão romantica, sonhar tanto e acreditar tão piamente em tudo o que contam.

Mas enquanto não tomo jeito...
Deixa eu me disfarçar para esse mundo
que não sabe tratar bem gente boba como eu.
Enquanto eu não tomo jeito, eu vou me vestir de lata.
Porque eu já entendi tudo.
(sou criança esperta.)
O mundo quer mesmo são máquinas.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pseudo-Príncipe


Jovem e de aparência angelical .
quem, quem poderia imaginar ?
o príncipe encantado não foi aprovado.
Ele tinha uns desvios de conduta
e não chegava perto da perfeição.

A princesa poderia, simplesmente, descartá-lo,
mas ela prefere mudar aquele roteiro batido de contos de fadas,
e ela acredita que talvez possa transformar esse príncipe em príncipe.

E, ela já está tão envolvida.
Ela, realmente, gosta desse rapaz.
Não sei se por casto amor ou pela aventura do desafio.
Não sei, nem ao certo, se gosta ou suporta.
Mas sei que é digno de ser escrito.

Porque o príncipe encantado dessa vez foi reduzido a um desprezível fruto proibido,
algo inconsumível.
A princesa acredita que possa ser reciclável,
mas isso, só o tempo vai dizer.

quem, quem poderia imaginar ?
o príncipe encantado não foi aprovado.
Ele tinha uns desvios de conduta
e não chegava perto da perfeição.

A princesa poderia, simplesmente, descartá-lo,
mas ela prefere mudar o roteiro batido de contos de fadas,
e ela acredita que talvez possa transformar esse príncipe em príncipe.
Não sei se por casto amor ou pela aventura do desafio.